segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Foto Gui Venturini

Paralelepípedos para todos os lugares
Para raios para todos os lados
Paraplégicos desconsolados
E paranóicos esquecidos.

Para quedas que se abrem
Parafernálias que se perdem
Paralelas que não se cruzam.

Para mim e para todos
Para o eu e para o seu
Para o nada e para o tudo
Para o muito e para poucos.

Para sempre
Para agora
Para alguém
Para ninguém

Paramos,
Pensamos
E seguimos.

Para todos os caminhos
E para todos os cantos,
Mas sem nenhum destino.
Nos encontramos e seguimos.

Para lugar nenhum.
Para o infinito.
Para quê?

Para aprender?
Para entender?
Ou para sofrer?

Seja para o que for
Seja para o amor
Seja para nós ou para ninguém.

Para o mundo
Para o único
Para o indefinido.

Eu parei e continuarei para sempre.

(Autor: Gui Venturini)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

No canto da sala


 
No canto da casa
Em um vaso bem cuidada.

De tronco amarronzado
E de folhas esverdeadas.

As folhas abertas parecem dedos.
São os dedos da natureza
Tentando me tocar.

Solitária no canto da sala ela continua
Recebendo água e mesmo assim
vejo suas folhas secarem.

O meu olhar no seu.
A minha dúvida na sua.
A sua tristeza na minha.

Levo-a para um banho de sol
E vejo o seu sorriso.

Sua energia contagia
E traz alegria novamente.

Mesmo quieta no canto da sala
Ouço suas palavras,
seus sussurros
e seus desejos.

De conhecer o mundo lá fora
De sentir o amanhecer e ser
Tocada pelos primeiro raios do sol.

O vento acaricia todo seu corpo.
Que não para de dançar.

E no ritmo do canto dos pássaros
Ela se faz bailarina.

A minha menina é a minha floresta
Na selva de pedras.

É a saudade do pedaço de terra
Do silêncio e da paz
Do amor e do respeito pelo ser.

No canto da casa,
O meu coqueiro sobrevive...
E eu tento entender o seu querer.

Mas acabo sem saber o que fazer,
Pois tudo secou e se acabou na plena
Existência do ser.

No canto da sala meu coqueiro sobrevive.

(Autor: Gui Venturini)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cor-de-Rosa


Cor-de-Rosa...

Qual a cor da rosa?
Vermelha, amarela ou branca?

Cor-de-Rosa...

É a cor da rosa.

(Autor: Gui Venturini)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cartas


Cartas escritas e apagadas
Palavras que foram esquecidas
E promessas não cumpridas.

A paixão da adolescência,
É o amor na sua pura essência.
Que engana e machuca.

A ilusão de escrever é encontrar palavras,
Palavras perdidas e que expressem um sentimento.
Mesmo que o sentido seja controverso.

Confesso, que o amor é para os amortizados
Pois superar a dor de um amor é para fortes
E não para os fracos.

O papel amarelado e borrado pelas lágrimas
Que derramei está guardado esperando por você.
A caneta que comprei só para escrever suas cartas
Não escreve mais, pois tudo secou...

Como o amor que tenho por você também acabou.

(Autor: Gui Venturini)